13/11/2015

Brasil em liquidação? O lado não tão feio da crise






















A solução pro nosso povo eu vou dá, negócio bom assim ninguém viu
Tá tudo pronto aqui, é só vir pegar, a solução é alugar o Brasil
Aluga-se, Raul Seixas
Há quem tenha ficado um tanto irritado com a recente declaração de Abílio Diniz que, do conforto de um hotel em Nova York, afirmou que o Brasil está em liquidação e que já se viveu muito pior por aqui. Afinal, “como não amar uma crise?”, daria a entender o Presidente do império alimentício BRF àqueles que de amor nada enxergam em inflação passando de 9%, dólar a R$4,00 e desemprego à vista.

Confesso que fiquei chateada ao notar a reação positiva do mercado à declaração de Abílio, pois andava dizendo isso há tempos, e posso afirmar com toda certeza que o mercado não estava me dando nem 1% da atenção que dedicaram a ele. Brincadeiras à parte, não somos nem eu nem o Abílio os primeiros a dizer que crises podem representar oportunidades, nem seremos os últimos. Em 1986, a brilhante Rosemary Thorp já dizia isso ao explorar o crescimento pós-I Guerra; em 1989, minha mãe já dizia isso ao abrir um negócio que floresceria nos difíceis anos 1990. Mas onde podemos ver tais oportunidades, e em que ponto estas passam do campo teórico e de wishful thinking para a vida real?

Vamos aos números. Desde o início deste ano, o Real já desvalorizou mais de 40% perante a moeda norte-americana, o dólar. Claro que tal desvalorização prejudica a economia, ao aumentar o preço de muitos produtos, do pãozinho (que leva o trigo importado) ao Iphone, além de encarecer dívidas contraídas em dólar e aumentar o risco país, afetando investimentos. Porém, uma moeda mais barata leva também ao efeito “liquidação”, destacado por Abílio Diniz semana passada e proseado por Raul Seixas em algum momento entre 1980 e 1989.

Visando o retorno do valor no longo prazo, investidores estrangeiros hoje já aproveitam a “queima de estoque”, na qual a desvalorização do Real se uniu ao desaquecimento da demanda em setores como o imobiliário, levando ativos de boa qualidade a níveis recorde de baixo preço. Por exemplo, os fundos de investimento JPMorgan Chase & Co e Brookfield Asset Management Inc. levantaram recentemente um total de US$ 1.2bilhões destinados exclusivamente ao investimento no setor imobiliário no Brasil [1]. De maneira análoga, os fundos GTIS Partners e GP Investimentos adquiriram no início do ano US$ 400 milhões em ações do grupo brasileiro Brazil Hospitality Group, a terceira maior rede hoteleira do país [2].

Nesse contexto, ao efeito “preço de banana” adiciona-se a dificuldade financeira de empresas brasileiras, principalmente aquelas ligadas a produtos considerados supérfluos diante de um orçamento familiar cada vez mais apertado. O resultado são outras ilustrações da poesia de Raul Seixas. No mesmo dia em que Abílio profetizava o “liquida tudo” brasileiro, a multinacional francesa Coty anunciava a bilionária compra de toda a divisão de cosméticos da brasileira Hypermarcas, que por sua vez indicava o destino dos recursos: a redução do endividamento líquido da companhia – em outras palavras, a escada para tirá-la do buraco.

Porém, se crises podem representar oportunidades, não nos deixemos levar pela ideia de que estas limitam-se a donos do dinheiro gringo. Uma moeda desvalorizada ajuda tanto exportadores, cujos produtos terão maior vantagem no mercado internacional, quanto aqueles que competem com produtos importados, que ficarão relativamente mais caros para o consumidor local. Ao mesmo tempo, o desaquecimento do mercado leva à redução dos preços de certos ativos, como imóveis, reduzindo preços de alugueis e aquisições.

Finalmente, até a atual crise política pode resultar em oportunidades aos olhos mais atentos. No campo político partidário, a histórica taxa de rejeição da Presidente impossibilita o populismo observado nos últimos anos de esconder a urgente necessidade de reformas estruturais, há muito camufladas por convenientes bodes expiatórios. Já no cenário da corrupção, a mesma incerteza que permeia o noticiário atual torna-se alavanca ao fortalecimento de nossas instituições a longo prazo e à redução da percepção de risco em relação ao país em um horizonte (espera-se) não tão distante – especialmente em um mundo em que compliance passou de vocábulo desconhecido a obrigatório, e legislações como o a recente lei anticorrupção brasileira, o britânico UK Bribery Act e o norte-americano FCPA entraram no “beabá público e privado. Por último, mas não menos importante, o cenário econômico também “tira sua casquinha” das atuais investigações de corrupção. Ao escancarar o nível de cartelização e corrupção de verdadeiras gigantes do setor de construção, a operação Lava Jato, por exemplo, pode abrir portas para a entrada de tantos outros até então peixes pequenos para um mar já tomado por tubarões. Em meio a prisões e pedidos de falência, empresas de médio porte tem o potencial de serem encaradas e encarar o mercado com outros olhos, vislumbrando maiores oportunidades.

Enfim, é claro que nem tudo são rosas, principalmente em se tratando de uma crise da gravidade da enfrentada por nosso país atualmente. Porém, é olhando para tais oportunidades que troco a ironia dramática de Raul Seixas pelo bom e velho Monty Python (…)

Rachel de Sá* | Terraço Econômico

12/11/2015

SAIBA COMO UTILIZAR O FGTS

NA COMPRA DA CASA PRÓPRIA

A Caixa Econômica Federal disponibilizar três maneiras de utilização do fundo: para compra e construção, amortização ou liquidação do saldo devedor e pagamento do valor das prestações. Veja a seguir informações de quem pode utilizar esse fundo e como ele funciona.
Condições
Para utilizar o recurso, o comprador deve ter no mínimo três anos de trabalho sob o regime do FGTS, mesmo que em períodos ou empresas diferentes.
Não pode possuir financiamento ativo no SFH (Sistema Financeiro de Habitação), em qualquer lugar do País.
O comprador também não pode possuir outro imóvel na mesma cidade onde reside ou trabalha. As prestações do imóvel que deseja utilizar o fundo devem estar em dia. Você deve ser titular no financiamento que pretende pagar parte do valor das prestações.
Sobre o imóvel
O valor do imóvel deve ser de até R$ 750 mil para os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal e de até R$ 650 mil para os demais estados. É preciso ser um residencial urbano e destinar-se a moradia do titular.
Na data da avaliação, o imóvel deve estar em plenas condições de habitabilidade e ausência de vícios de construção.
Seu sonho em três passos
Antes de solicitar a avaliação do FGTS para compra da sua casa própria você precisa seguir alguns passos:
  1. Consulte seu Saldo do FGTSConfira o saldo da sua conta de FGTS e veja quanto pode ser utilizado na operação de compra, liquidação ou amortização de seu saldo devedor ou ainda, das parcelas de seu contrato.
  2. Cuide da documentaçãoSepare a documentação nece​ssária e entregue na agência da Caixa ou no Correspondente Caixa Aqui mais próximo de você.
  3. Sonho realizadoA Caixa irá avaliar a documentação e, caso aprovada, seu saldo do Fundo de Garantia é investido na casa própria.
  4. Quando você não pode utilizar o seu FGTS
    • Imóvel comercial;
    • Reformar ou aumentar seu imóvel;
    • Comprar terrenos sem construção ao mesmo tempo;
    • Comprar material de construção;
    • Imóveis residenciais para familiares, dependentes ou outras pessoas.

    Você também pode encontrar mais informações sobre a compra de imóvel no site da Caixa.
    Agora que você já sabe como utilizar seu Fundo de Garantia para compra do imóvel é só procurar a casa dos seus sonhos e investir no seu futuro.  A Abyra pode te ajudar a realizar o sonho da casa própria. Afinal somos a maior empresa de intermediações de compra de imóvel do país. Temos um portfólio com mais de 300 lançamentos e mais 10 mil imóveis prontos esperando por você.
    Lembrando que, embora o FGTS fique em uma conta da Caixa Econômica, você pode fazer o financiamento utilizando o recurso em qualquer outro banco de sua preferência.

09/11/2015

Brise Vergueiro 3 quartos Ipiranga

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